Em homenagem ao meu filho Arthur eu decidi fazer um top 10 com as minhas músicas preferidas do Queen (que é banda preferida dele). Não fiz um apanhado da carreira toda da banda, mas peguei mesmo o que realmente me interessa na discografia deles. Assim, aparecem várias músicas de um mesmo disco e nenhuma música de vários discos importantes. Mas isso é só uma explicação e não uma desculpa, porque um top 10 vai ser sempre uma escolha impossível mesmo, não tem jeito. =)
10. Killer Queen (Sheer Heart Attack, 1974)
Killer
Queen é uma música que descobri num VHS que a minha mãe tinha conseguido
emprestado com alguém. Gostei logo desde sempre. É uma música estranha porque
não tem nada assim demais, mas é impossível ouvir e não ficar atento. É dessas
coisas que só podem surgir quando se encontram juntas pessoas de muito talento.
09. Prophet's Song (A Night at the Opera, 1975)
A Night
at the Opera é meu disco preferido do Queen (e da maior parte dos fãs do Queen,
eu acho). É o disco perfeito. Dava pra fazer esse top 10 só com músicas desse
disco, mas eu coloquei só três pra não ficar muito estranho...
Prophet’s Song é
daquelas músicas que quase ninguém conhece. Guitarra com riff inesquecível e
vocais de Freddie Mercury a todo vapor.
Oh oh
children of the land
Love is
still the answer take my hand
The
vision fades a voice I hear
Listen to the madman!
Prophet’s
Song tem um trecho vocal em cânone, bem longo, lá no meio da música. Quando eu
escutava essa música na minha casa, em São Luís, o nosso aparelho de som tava
quebrado, mas eu não sabia. As duas caixas reproduziam só um lado das gravações
(por isso que eu sempre achava o baixo das músicas do Black Sabbath audíveis
demais lá em casa e não tanto quando escutava em outros lugares) e o efeito
dessa parte vocal era absurdamente bizarro, mas eu gostava muito. Até hoje
quando escuto lembro disso.
08. Under Pressure (Hot Space, 1982)
Essa
música destoa um pouco do resto desse top 10, que tende mais pro lado rock do
Queen. Mas é que não podia deixar de fora uma música do disco do Queen que eu
mais ouvi por muito tempo: Hot Space.
Na minha casa, quando eu era adolescente
e comecei a gostar de música, eu ficava fuçando os discos de vinil que a gente
tinha. Era pouca coisa e a maioria muito estranha, tipo Dance da década de 1970.
E tinha esse disco do Queen. É um disco bem pop, do tipo de música que eu não
gostava (na época o que eu escutava de mais leve era Black Sabbath e Led Zeppelin),
mas eu não conseguia parar de ouvir. E como o lado A do disco tinha uma faixa
arranhada (era Body Language, eu acho) eu ouvia o lado B quase todo dia. Under
Pressure, que era lado B, fica aqui como minha homenagem aos bons momentos em que
eu ficava ouvindo isso escondido em casa.
07. Dead on Time (Jazz, 1978)
Descobri
essa música não faz muito tempo. Como Arthur (meu filho) virou fã incondicional
do Queen, nós resolvemos baixar a discografia completa e eu comecei a ouvir
alguns discos inteiros que nunca tinha dado atenção. Jazz (1978) foi, de todos
que já ouvi, a maior surpresa. O disco começa com uma música pra afastar quem
não é fã: Mustapha.
Ibrahim, Ibrahim, Ibrahim,
Ibrahim, Ibrahim, Ibrahim,
Allah, Allah, Allah, Allah
will pray for you.
Hey!
Tá, eu
imagino que o Freddie Mercury quis prestar uma homenagem às suas origens, mas
sei lá, é muito estranho. Mas talvez justamente por isso, o que vem depois pareça
tão maravilhosamente supreendente: uma sequência absoluta de riffs, melodias,
harmonias e vocais lindos!
Não são
coisas super elaboradas, como em A Night at the Opera, mas são músicas que
funcionam muito, muito bem.
Decidi
colocar Dead on Time, porque é uma música que me anima quando tô dirigindo (escuto
mais música no carro e no metrô do que em qualquer outro lugar, infelizmente) e
está menos saturada pra mim que algumas outras do disco que já são
suficientemente conhecidas . Ah, mas tem uma dessas músicas mais batidas desse
disco que não deu pra resistir e coloquei lá na frente aqui no top 10, mas
ainda chego lá.
Agora, sério, duvido você ficar com sono dirigindo enquanto escuta essa música:
06. Somebody to Love (A Day at the Races, 1976)
Coloquei
essa música porque eu acho que ela é um dos exemplos mais claros de como
Freddie Mercury era um cantor único. Isso não quer dizer que acho ele o melhor
cantor de todos os tempos (apesar de considerar ele um dos melhores, mas isso é
outro top 10), o que quero dizer é que quando você escuta ele cantando uma
música como Somebody to Love você simplesmente pensa: “Como é que esse
miserável consegue fazer isso???”
Ninguém
consegue cantar Somebody to Love! Quer dizer, consegue. O George Michael cantou
e ficou incrível. Uma vez eu vi um vídeo de um cara no Youtube e também tava
bacana. Mas a questão é que quando alguém canta essa música, e outras do Queen,
você não consegue separar a sua expectativa de ouvir o Freddie Mercury cantando
junto, lá no fundo. Por outro lado, tem música que fica melhor no cover e
ninguém nem lembra do vocalista original. Com o Queen isso nunca acontece.
Faltam cinco músicas ainda. Como já tá muito tarde e eu tô com sono a valer, eu vou terminar esse top 10 amanhã...
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