em “scoop – o grande furo” woody allen demonstra que ainda está em grande forma. interessante como as comédias atuais que ele escreve são tão mais interessantes do que aquelas dos anos setenta, como “o dorminhoco” e outras porcarias que ele fez.
em “scoop” allen atua com sua nova obsessão, scarlett johansson. diane keaton e mia farrow foram outras. scarlett, que trabalhou em “matchpoint” faz o papel de sondra pransky, uma estudante de jornalismo norte-americana, que está em londres à passeio.
enquanto assistia a um show de mágica de sidney waterman (woody allen), ela foi chamada ao palco para fazer o truque de desmaterialização. no entanto, enquanto estava na caixa em que deveria ser feito o truque ela encontra o espírito de um repórter morto recentemente: joe strombel (ian mcshane). ele oferece a ela um grande furo, alegando saber quem é o assassino do tarô, um serial killer que já vinha intrigando a polícia há algum tempo. segundo informações do além, o assassino é peter lyman (hugh jackman), um aristocrata inglês. sondra decide investigar lyman e pede a ajuda de sid, mas este retruca um pouco, já que era um mágico que fazia truques e não um médium. assim, sid não via motivos para acreditar na história dela. mas apesar do seu ceticismo inical, alguns eventos (e o carisma de sondra) fazem com que sid ajude a jovem jornalista na tarefa de desmascarar lyman. o problema para sondra, no entanto, é que lyman é um homem agradável, educado, de família nobre, e certamente incapaz de cometer qualquer tipo de crime. além disso, lyman e sondra se apaixonam, o que faz com que o trabalho da aspirante à repórter se torne mais complicado.
é verdade, é uma história cheia de clichês, mas é isso que faz de woody allen um grande diretor de filmes. ele consegue contar a mesma história por anos e anos e nunca deixa de ser interessante. todas as neuroses de allen estão lá: a traição, o preconceito em relação aos judeus, a crítica à pseudo-arte, as mulheres inteligentes, os homens paranóicos...
resumindo, “scoop – o grande furo” apresenta o bom woody allen de sempre: aquele que faz a gente sair do cinema sorrindo e feliz, sem pretensão nenhuma de ganhar o mundo.
:marcos ramon
Comentários
amo vc!!!
só pra constar, vi o filme há alguns meses atrás.