música em tudo

música, para nietzsche, era aquilo que dava sentido à vida. talvez ele estivesse certo, já que não podemos prescindir do tempo (como nos lembra borges) apesar de podermos prescindir do espaço. poderíamos viver num mundo imaginário em que só teríamos a mente. e essa mente pensaria de forma musical.
praticamente toda a música antiga da grécia foi destruída, mas recriamos tudo a partir da idade média. se um holocausto fizesse com que perdêssemos a nossa memória musical e além disso destruísse toda a nossa cultura, de forma que algumas poucas pessoas tivessem que reconstruir o mundo, poderíamos produzir todo o conhecimento musical que possuímos hoje mais uma vez. iria demorar muito, é verdade, mas não seria impossível. já os avanços na ciência e na filosofia seriam inviáveis.
será que podemos pensar então numa música universal, como os pitagóricos, que acreditavam na harmonia das esferas e entendiam a música não como arte, mas como conhecimento espiritual? e será isso bom para música, deixar de ser arte?
:marcos ramon
kandinsky

Comentários

Anônimo disse…
música em tudo: fundamental. não o tal padrão "clichê-chiclete" que toca no rádio (e que somos, por isso, ou não, "obrigados" a ouvir). ó eu aqui de novo. ó tu aqui de novo. abração! (não some, pow!)
Anônimo disse…
interessante essa de música como conhecimento espiritual. penso que o processo seria frutífero se na audição ou na execução todos estivessem envolvios de forma extremamente compenetrada.
Anônimo disse…
as diferentes músicas que ecoam no mundo são universais, pelo menos no que diz respeito aos prazeres subjetivos, sejam eles estéticos, líricos, de expressão corporal ou comercial, presente nos donos dos ouvidos com um sentido de religar o homem ao abstrato inominável...mas putz, tô ouvindo música!